terça-feira, 12 de agosto de 2008

Bioterapia.






A bioterapia põe em campo "biocirurgiões".

A bioterapia (conhecida também como terapia larval ou biocirurgia) não é uma invenção atual e, sim, uma técnica terapêutica antiga, que reaparece e vem recrudescendo nos Estados Unidos e Europa.
Trata-se de uma terapia alternativa às terapias clássicas, que faz uso de organismos vivos como os vermes da mosca verde cintilante da carne, a Lucilia sericata, conhecida entre nós como mosca varejeira.
As indústrias têxteis vêm utilizando o poder curativo de tais vermes em aplicações inesperadas. Os vermes da Lucilia agem sobre a necrose das feridas, regulam a infecção e possibilitam a regeneração dos tecidos afetados. São ávidos exatamente por aquilo que causa problema na ferida: o tecido que sofreu necrose, tecido morto que não cicatriza.
Lucilia sericata, cujos vermes agem sobre a necrose de feridas.

Tecidos específicos têm sido desenvolvidos para curativos em feridas. São munidos de um bolso e de uma redinha de nylon, próprios para conter esses vermes estéreis. Como, para os pacientes, o maior problema desse tipo de terapia é vencer a repugnância, o objetivo desses curativos é beneficiar capacidades curativas dos vermes, sem expô-los à vista dos doentes.
Esses vermes são, na verdade, "biocirurgiões", que atuam eficazmente em feridas crônicas. São seletivos: assimilam apenas os tecidos necrosados.
O Instituto Hohensteiner, trabalhando na mesma direção, objetiva isolar as moléculas curativas desses vermes, a fim de impregnar curativos com as mesmas. Trata-se, como se vê, de duas temáticas altamente inovadoras, e que são estudadas no Instituto para a Higiene e Biotecnologia (IHB), do Instituto Hohensteiner. A empresa para a terapia biológica pertence a esse mesmo Instituto.

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São larvas estéreis de moscas preparadas em laboratório.

São utilizadas no tratamento de feridas como desbridamento biológico, pois estas larvas se alimentam do tecido necrótico-fibrinoso.
Somente algumas espécies de larvas de moscas são adequadas a este tipo de procedimento, como a Phormia regina (blackbottle blowfly = mosca varejeira).
INDICAÇÃO
A larvoterapia ou terapia larval, também, conhecida como biocirurgia ou bioterapia, é indicada no tratamento de feridas com formação tecido necrótico-fibrinoso.
A larva de mosca medicinal deve ser estéril e originária de criadouros especializados, não disponíveis no Brasil.
MODO DE APLICAÇÃO
São aplicadas diretamente sobre o leito da ferida.
A quantidade de larvas, a duração do tratamento e o tipo de cobertura são determinados segundo a experiência da equipe e necessidade da lesão.
ZOOPARASITOSE

Lesão dermatológica
In natura, quanto não utilizadas com o intuito terapêutico, as larvas de mosca dão origem a
zooparasitoses, conhecidas como miíase ou "berne".
A mosca varejeira depõe inúmeros ovos na superfície cutânea ou em ulcerações preexistentes. Os ovos eclodem e as larvas crescem sem controle e segurança necessários.
PARA SABER MAIS...
Consulte o Livro do Feridólogo - Tratamento clínico-cirúrgico de feridas cutâneas agudas e crônicas do Prof. Dr. Luiz Claudio Candido (autor e editor), dezembro 2006, Santos-SP.
VEJA TAMBÉM
Larvoterapia - Maggot Therapy Video Projeto da
BioTherapeutics Education & Research Foundation Extraído do site www.bterfoundation.orgAcesso ao video científicioda BTER Foundatinonpublicado no YouTube

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