Ando tão abatido.
Abatido e de ponta a cabeça.
Ando a esmo.
Percorro o espaço e o tempo.
Andarilho sem mapa e sem proteção.
Sozinho e ferido,
a realidade não tem compaixão.
Nem nas escolas,
Nem nos hospitais,
Nem nos lugares,
Nem nas prisões.
Em todo canto, tudo.
Em cada palavra, mudo.
Surdo, o silêncio me distrái.
Contrario os meus caminhos.
Duvido dos avisos.
Sem dinheiro, amor e otimismo,
Existo.
Como um poema sem rima e sem fim.
Ciclos.
Há 8 anos
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