sexta-feira, 17 de julho de 2009

Ando a esmo.

Ando tão abatido.
Abatido e de ponta a cabeça.
Ando a esmo.
Percorro o espaço e o tempo.
Andarilho sem mapa e sem proteção.

Sozinho e ferido,
a realidade não tem compaixão.
Nem nas escolas,
Nem nos hospitais,
Nem nos lugares,
Nem nas prisões.

Em todo canto, tudo.
Em cada palavra, mudo.
Surdo, o silêncio me distrái.

Contrario os meus caminhos.
Duvido dos avisos.
Sem dinheiro, amor e otimismo,
Existo.
Como um poema sem rima e sem fim.

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