segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A-a-ah!

Um mecânico que não conserta o seu carro.
Um fumante implorando pelo último cigarro.
Uma viúva que nunca casou-se.
Um poema manchado e confuso, desnecessário.

A fúria que explode de frustração com indolência.
Alguém que se bate como penitência.
Um animal escondido em um cômodo escuro.
Um arame enferrujado em cima do muro, ou talvez um ninho...
Sozinho. Temporariamente inutilizável.
Desagradável,
Como o cheiro da morte...
Só não das flores.
Mas, ainda é verão...

Armadilhas bem planejadas
Engolem o bendito fruto, sagrado.
É uma luz que não para de piscar.
É um navio perdido em alto mar.
Uma falha que não se deixa consertar.
Uma ferida que difícil de cicatrizar.
Uma música que não para de tocar
E que ninguém ouve...
Mas, enjôa, cansa
Como tudo.

Afasta-te daqui!
No desespero
Não percebo
Saída.
Páro,
Berro,
Choro.
Serpenteio no lixo, no MEU lixo
De estimação...
Nos escombros de lembranças...
Saudades e esperanças
Pedras polidas.







Quero vomitar bem alto e por todos os lados.
Só para espalhar a angústia, o desprezo e o nojo
Que eu sinto de mim.
Dessa sombra que me persegue.
Do cheiro, da dor, do monstro do espelho e da inveja.
Aversão à normalidade.
À solidão e à saudade.
Ao desejo e à necessidade.
"Cuidado com o que deseja!"
É uma guerra a todo instante!
Sangue espirrando do fósseis mutilados.
A liberdade que prende e dificulta o caminhar... O agir...
"Ser, ou não ser?"
O que é ser?
O que é real, realmente?
Alguém pode responder com tamanha conviccção a ponto de morrer por essa idéia?
...
"Blame it on the Black Star..."

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