quarta-feira, 1 de abril de 2009

LIBRAS e o respeito.

Língua Brasileira de Sinais.
Alguns já ouviram falar dela, poucos sabem usá-la. Enquanto isso, muitas pessoas que não ouvem são marginalizadas pela sociedade. São excluídas porque LIBRAS é uma língua pouco conhecida.
Mudando um pouco de assunto, mas comentando sobre um assunto relacionado, quero referir-me ao transporte público, que só agora em 2008/09 possui alguns ônibus adaptados para cadeirantes (e que também beneficiam idosos, gestantes e afins).
A sociedade é medíocre e o padrão de normalidade prejudica muitas pessoas. O fato não ter algum familiar com problemas auditivos ou de locomoção não significa que não devemos não importar com pessoas que passam por isso.
A escola, um meio de formação de cidadãos, deveria produzir nos indivíduos um senso de dever, de contribuir para o bem comum. O que de fato ocorre, é que a escola não atende as necessidades das pessoas. Isso mesmo: pessoas! Ela tenta preparar os cidadãos para o mercado de trabalho, mas o que vem primero? A pessoa ou o profissional? Aparentemente existe uma força que tenta tirar a nossa humanidade. Essa mesma força nos quer consumidores de idéias, de produtos, de comportamentos que não visam o bem comum. Essa força nos distancia de nós mesmos e da vida em geral. Nós transforma em mercadorias, com rótulos e conteúdo adulterado.
Pois bem, o que será que pode transferir o eixo de rotação para o bem comum, para o que é realmente necessário (o que é realmente necessário para viver?)?
Por que LIBRAS não é ensinada nas escolas? A maioria das pessoas podem se comunicar em LIBRAS! Quem é que ensina o respeito ao meio ambiente, aos animais (inclui-se aí o ser humano!)? Por que é mais fácil ignorar os problemas, ignorar os problemas dos outros? Existe uma energia, uma ligação muito maior entre nós: se alguém sofre, de alguma forma isto terá consequências na vida de outros indivíduos.
Que pelo menos a escola tenha uma disciplina que sirva para o cotidiano do indivíduo. Algo relacionado a cidadania e a projetos voltados para a comunidade, para a prática. A teoria sozinha torna-se vazia, e é isso o que as escolas transmitem. O indivíduo precisa ser estimulado a fazer suas próprias decobertas, a sentir-se capaz de mudar a sua vida, de contribuir para um mundo melhor.
Eu sei que isso parece utópico (...), mas sei que muitos indivíduos morreram lutando por liberdade. Talvez seja hora de lutar pelo respeito.

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu sei LIBRAS,quer aprender?
rsrs
=)

Cecolia disse...

Danielle estou com um projeto científico onde minha questão é justamente essa que você levanta: porque não há o ensino da Libras nas escolas regulares, especiais e inclusivas já que ela é o segundo idioma oficial do Brasil. Espero ter êxito em minhas pesquisa e na produção científica deste artigo.

Entendo, mas descordo quando você diz que a sociedade é medíocre. Ela é um macro sistema mas é feita de indivíduo. Não sou medíocre, espero que você também não seja e fazemos parte desta sociedade. Enquanto houver pessoas como você, que compartilha suas boas idéias, que não se contentam com a passividade, comodismo e viver em uma zona de conforto é possível haver esperanças em construir um mundo melhor para todos.